sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Sugismundo ( tempos delmirenses/ anos 70)

Resgatando mais um pequeno texto do primeiro blog (Sugismundo em novembro de 2004). O tema se concatena com o post anterior (Lixão em Delmiro Gouveia/ por Profª Jane Cleide dos Santos)

E o bom da internet é o seu dinamismo. Quando da postagem original não existia ainda o Youtube. Mas graças a esta ferramenta, nossa antiga postagem ganha movimentação. E sendo assim trazemos à baila novamente o velho personagem do Sugismundo.


Sugismundo.
Texto originalmente postado em 11/novembro/2004.

Televisor preto e branco. Em cores ninguém na cidade ainda possuía. Quem não corria para a sala quando ouvia a voz do Sugismundo?
O Sugismundo era o protagonista das campanhas educativas, incentivando higiene e limpeza, lançadas pelo governo federal.
Creio que naqueles tempos bicudos de ditadura militar, talvez ele fosse a única coisa suave, engraçada e simpáica.

Saudades do Sugismundo.

E aí você ainda lembrava-se dele?  Então agora matemos nossas saudades revendo antigos vídeos. E depois que tal deixar o seu comentário?  

terça-feira, 11 de outubro de 2011

" Por Um Planeta Sustentável " (projeto trabalhado em escola delmirense)

Navegando pelo Orkut vejo no álbum de uma pessoa amiga umas fotos bem interessantes feitas num lixão em Delmiro Gouveia. Solicitei autorização para reproduzir no blog. Mas entrando em contato com a autora, sugeri que além das fotografias ela bem que poderia fazer um texto para situar os leitores do nosso blog. Ela topou a ideia.  E hoje a postagem fica por conta da professora Jane Cleide dos Santos.

Vamos ao que interessa:


Por um Planeta Sustentável”
 Texto e imagens de autoria de Jane Cleide dos Santos.

Meu nome é Jane Cleide Santos, sou pedagoga com Especialização em Educação Infantil e Alfabetização, sou professora há mais de 20 anos e dou aula em duas escolas públicas, uma estadual e outra municipal, ambas localizados em bairros periféricos, na cidade de Delmiro Gouveia, no Sertão Alagoano.

A escola onde foi desenvolvido o projeto em tela chama se Escola Municipal Eudócia Vanderlei Sandes. É uma turma de 4º ano, 22 alunos que apresentam dificuldades para ler e escrever e em sua maioria fora da faixa etária para o respectivo ano escolar. O bairro onde está localizada a escola chama se Área Verde, o mesmo teve início a partir de invasões dos terrenos desocupados pertencentes à viúva do Sr. Antônio Carlos de Menezes, antigo proprietário da única Fábrica Têxtil da cidade, hoje “Fábrica da Pedra”, onde já havia um enorme lixão que ainda hoje existe e é de lá que muitos dos pais de alunos tiram o seu sustento e até mesmo muitos dos nossos alunos ajudam os seus pais.

O Projeto “Por um Planeta Sustentável” nasce não apenas para cumprir um roteiro de conteúdos pré estabelecidos no início do ano, mas com o objetivo de proporcionar uma reflexão acerca da realidade que cerca aos nossos alunos, como também repensar o comportamento de cada um de nós, diante da problemática mundialmente discutida que é a convivência do homem com o meio ambiente, progredir em harmonia com o planeta, buscar meios sustentáveis que proporcionem qualidade de vida todos nós, ao mesmo tempo questionando os direitos e os deveres dos catadores que buscam o seu sustento no lixão sem proteção alguma esquecidos pelas autoridades locais.

O projeto teve início com a leitura dos textos – Os problemas ambientais na cidade; A ocupação desordenada dos espaços urbanos que trás como conseqüência a poluição do ar, do solo e da água, encontrados no livro didático de ciências que utilizo com eles. Outros textos também foram estudados, como a decomposição dos materiais e o papel do cidadão. Após as leituras e debates realizados em sala de aula, fomos visitar o lixão que está situado muito próximo da escola e presenciar o trabalho dos catadores, que disputam o lixo entre si e até mesmo com animais, em condições desumanas, como mostram as fotos em anexos, assistimos ao curta metragem Ilha das Flores.

Trabalhamos não apenas ciências, mas todas as disciplinas, e por ser um tema transversal, perpassa por todas elas de maneira satisfatória.  Confeccionamos brinquedos reaproveitando restos de papeis, o baragandão, dramatizamos o Rap da limpeza (o texto encontra se em anexo), a música “jogue o lixo no lixo”, os alunos confeccionaram as fantasias para as apresentações que aconteceram no pátio da escola, com sacolas de supermercado que trouxeram de suas casas; fizeram os detergentes biodegradáveis, receitas pesquisadas por mim na internet e ensinaram aos pais como fazer. Investigamos também que tipo de lixo produzia a escola e sua quantidade, construímos gráficos e cartazes com os resultados.

A culminância se deu com a apresentação e exposição de todo material estudado e  analisados pelos alunos, com as dramatizações construídas por eles sob a minha orientação, tal projeto teve a duração de três semanas, ao final foi feita uma avaliação geral da sala e uma auto avaliação que buscou detectar como se deu a participação de cada um.
O que ficou claro após estas avaliações e analise dos registros feitos durante o desenvolvimento do projeto, que constituíram a memória do projeto, foi que este tipo de trabalho envolve toda a sala e dá ao professor subsídios para repensar sua prática pedagógica. 
Alunos, sob supervisão de adultos, encaminhando-se para aula de observação  no lixão.
Alunos atentos ouvindo as explicações sobre o que se veria logo em seguida.
A caminho do lixão
Chegando ao lixão(umcontraste interessante a degradação ambiental  e ao fundo uma  bela paisagem circundada por  serras)

Chegando ao lixão
animais soltos circulam pela área.
Trabalhando no lixão(homens e urubus no mesmo espaço)
Habitação improvisada pelos trabalhadores do lixão
Vidros separados para reciclagem.
Nota-se habitações bastante próximas do lixão.
Um dia de rotina: lixo abundante, homens e animais.
Máquina tentando impor alguma "ordem" no lixão.
O trabalhador lembra vagamente um espantalho.
De volta a escola: trabalhar o que foi observado.
Um grupo de alunos prontos para uma representação teatral diante dos olhares atentos dos demais
Outra atividade lúdico-educativa com o tema visto in loco. 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Kichute. Eu tive um. E você?(memórias dos tempos em Delmiro Gouveia)


Resgatando mais uma postagem do primeiro blog da série. É bom lembrar sempre que o nosso blog usa deste expediente de trazer velhos textos nos períodos de entressafra ou seja na ausência de material novo. E como os antigos blogs podem a qualquer momento serem desativados pelo provedor, não seria muito interessante perdermos parte dos nossos antigos paleios.  Portanto hoje falaremos novamente sobre o velho e bom par de kichutes.


Kichute. Eu tive um. E você?
Texto originalmente postado em 10 de novembro de 2004.

Isto é um kichute. Lindo o design não?

Apenas uma chuteira com travas de borracha. Duro que só a gota serena. E pensar que isto já foi moda. Quem não calçou um destes nos anos 70?

No colégio fazia parte do uniforme. Acredite se que quiser, tinha gente que ia para os saraus ou bailes nos clubes delmirenses calçado com um bicho destes. E ainda abafava (gíria de época).

Nestes tempos de grifes e tudo que é marca olhar para o passado torna-se hilário. Ele nos assombra por vezes.


Era um tanto charmoso amarrar os cadarços na canela. 
Desfile de 7 setembro em Delmiro Gouveia: alunos do GVM. Eis quem aparece nos  pés dos garotos? (foto cortesia de Adailton)

 PS:
Aproveito e trago um comentário feito no antigo blog. Os outros comentários foram perdidos.

Caro Cesar,

Quanta criatividade recheada de humor e muita nostalgia,confesso q qdo ganhei meu primeiro kichute,fiquei tão empolgado q programei até o dia de calçá-lo,na realidade foi numa tarde de domingo,onde na ocasião fui para o matinê no tb inesquecível cine pedra, rs rs rs. 

Ednaldo Pilão | Email | 25-06-2008 15:21:48 

Comercial feito pelo craque Zico