quinta-feira, 29 de julho de 2010

Passeio Sentimental Pelas Ruas Delmirenses(3)

Dando continuidade a série que foi iniciada em 02/02(1) e depois em 31/03/2010(2). Uso o mesmo texto. Apenas trazendo novas fotografias.

Passeio Sentimental Pelas Ruas Delmirenses(3)


Imagens de ruas sempre trazem interpretações diferentes. Para alguns vêm impregnadas de lembranças e saudades doídas. É quando a pessoa costuma falar: ah nesta casa de esquina morava fulano, naquela ali do portão azul era sicrana que morava. Outros ainda poderão dizer: jogávamos peladas, brincávamos de roubar bandeira, jogávamos futebol comprávamos doces e picolés, íamos estudar com beltrano naquela casa de janelas amarelas...

Para outros a interpretação se dá em cima das transformações urbanas ou até mesmo da ausência delas, é quando a pessoa pode confirmar apenas que passados tantos anos tudo continua como dantes no quartel de Abrantes.

Neste post trazemos algumas fotografias tiradas entre os últimos dias de dezembro de 2009, e primeiros dias de janeiro de 2010. E, quase todas foram feitas em horário de pouco movimento nas ruas, principalmente as realizadas na manhã do primeiro dia de 2010, quando parte da nossa Macondo Sertaneja ainda dormia bastante cansada pela festa de chegada do ano-novo.

Então, os visitantes poderão seguir em qualquer direção. O legal é quando alguém nos visita e deixa registrada suas impressões.

Vamos ao que interessa.

Esquina da rua do ABC. Neste local ficava a sorveteria do Seu Conde. Qual era mesmo o nome da mesma?
Beco ao lado do antigo mercado. O que é tão marcante no dia a dia macondiano que está estabelecido neste local?
Calçadão na avenida principal num manhã de feriado. Identifica alguma antiga loja?
Onde hoje é a Caixa era o Produban. Seu batente na entrada(hoje não existe mais), servia de banco para grupos de rapazes e moças ficarem de "paleio". Paquerava-se tanto quanto se discutia política e futebol em Macondo. Luiz Orleans lembrou disto em seu texto.
Feriado na Castelo Branco que um dia já foi Carlos Lacerda. De quem era estas lojas?
Indo para o Desvio numa solitária bicicleta.
Tudo fechado. Quase sem transeuntes. Em azul o palco do show da noite anterior.
Olhando da Praça para os Correios/Prefeitura. Tudo fechado. Perto ficava o cartório onde muitos tiveram seus primeiros registros desde o nascimento/casamento...
Um Macondiano andando pela praça nas primeiras horas do dia.
Onde é o BB era a casa de Zé Raul(antigo gerente da fábrica). Quem lembra das andorinhas que após a revoada pousavam numa árvore que havia na frente da antiga casa?
O Poder Municipal ao Fundo. Quando não havia construções neste local era utilizado para exames para retirar carteira de motorista. O Gilmar "Cabeção" chegou com o caminhão do seu pai. Deu um susto no fiscal !
O que era o muro do quintal da casa do Dr. Ulisses Luna, hoje, é uma galeria de lojas.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Uma Cidade, Várias Trajetórias(por Luiz Orleans)

Clica-se daqui e clica-se dali e eis que acho na net o texto: “Uma Cidade, Várias Trajetórias” do nosso leitor/colaborador Luiz Orleans, publicadas no seu blog www.luizorleans1984.blogspot.com (basta clicar no link que se chega lá).
O Luiz é irmão do também nosso leitor/colaborador Prof. Paulo da Cruz. Além disto, em próprio blog, ele se define como “Poeta bissexto, escritor de nenhum livro e ativista social”. Enfim, também acho que nas horas vagas seja apenas um delmirense(por adoção) como tantos outros, saudoso da sua Macondo Sertaneja.

Grato ao Luiz Orleans pelas palavras elogiosas e análise do nosso blog. [

Sem mais delongas vamos ao texto do Luiz. E depois é com vocês.

Uma Cidade, Várias Trajetórias

Texto original de Luiz Orleans, postado no seu blog em 7 de julho de 2010.

Há algum tempo não dirijo os holofotes para as coisas da nossa terrinha. Já não visitava o Blog do César Tavares, e me parece uma heresia em se tratando de um exilado da “Macondo sertaneja”. Essas coisas são assim, a gente se empolga depois relaxa; outras questões sobressaem, e a vida continua, com ou sem rotina. Porém, alguns sentimentos não fenecem: a saudade é um deles.

Decerto que Paulo Cruz tenha razão em afirmar que quem vive o dia-a-dia do objeto do nosso foco [falar sobre a cidade de Delmiro Gouveia] não perceba o que sentimos; novamente a dita saudade. Eles [os que lá residem] vivem algo que a suplanta, pois estão conectados a relação direta com o objeto, mesmo que em alguns casos filetes de saudosismo se acerquem dos que já estão em idade avançada, ao produzirem certa lembrança de tempos que suponham ter sido melhores [que é uma questão de ponto de vista]. Da minha parte, a saudade é um duro golpe no coração. Quando por algum dilema crônico ou mudança de rumos necessária somos obrigados a parar um pouco, vem à mente um torvelinho de recordações. São imagens que se compartilhadas com todos, através de um holograma futurístico, sobressaem-se cenas de uma viagem de bicicleta pela velha estrada da “Linha do trem” no sentido urbe-Pov. Sinimbu, na imagem eu e Natalício na carona de Agripino; a mãe chamando para jantar [a famosa sopa de feijão]; tardes dançantes que viravam noites; as concentrações na praça do Produban, que se foi; a grande passeata pela reabertura do MED sob controle dos estudantes; as manifestações contra o fechamento da fábrica e a segunda greve operária, pois a primeira foi em 1917, articulada por anarco-sindicalistas, sendo parte da primeira greve-geral brasileira; Fredy Cloves, cantando “Amor Animal”, a gente ensaiando músicas nos Festivais, com Suely e Edson Oliveira, meus parceiros, e tantos mais; as reuniões sobre política, resistindo e sonhando [hoje, com insônia e resistindo às contas...]; os amigos, as amigas, as namoradas; os desafetos, ou não-afetos; as tantas coisas que fazem umas e várias vidas, uma rua, um bairro, a escola, a cidade em suas várias e fascinantes condições humanas e ambientais.

Em um dos meus favoritos exílios, Belo Horizonte, ouvia muito as músicas do pessoal do Clube da Esquina, delas guardo muitos versos que, esparsos, me orientam cada passo e renovam. Uma frase, justíssima, é: “[...] Hoje não passa de um dia perdido no tempo, e grito...” (Toninho Horta), do mesmo modo que Toninho me assaltou com a idéia de um “azul sem manchas do céu do Planalto Central” [Brasília], motivando-me pôr a mochila nas costas e rumar para Palmas, no Tocantins (1994). Sempre me distanciando, retornando por vezes para alguns períodos de afago doméstico e reembrenhamento na vida e cultura da cidade materna, me estranhando cada vez mais com os espaços reduzidos para se lançar mais nas coisas. E ter que sair de vez, por força das circunstâncias para só retornar fortuitamente de quando-em-vez para matar a saudade, esse monstro que renasce a cada momento e ser perpetua até a morte do ser que a transporta.

O BLOG E SUA DINÂMICA O César Tavares é uma figura que, mesmo não o conhecendo de bate-papo, [apesar de já termos nos visto em Delmiro, não gerada empatia por falta de conversa], tenho um grande afeto e consideração. Comunga de muitas coisas conosco, reproduz as lembranças de várias gerações da Macondo sertaneja por puro amor e pertencimento. Tenho-o como um exilado, um igual, portanto, camarada de claustro. Numa sociedade dinâmica, próspera e capacitada, estaria o Blog e seu coordenador nos Anais da Câmara de Vereadores, pelos serviços prestados à municipalidade. Passaria pelo debate nas escolas do ensino básico ao médio. Volveria Encontros e Seminários, algo que provocados em botequins, regados a cerveja e pinga, com petiscos que só quem comeu e viveu o tempo deles sabem (tripa, buchada, bode assado, peixe do açude ou do São Francisco, etc.).

O fluxo e o refluxo das discussões são pertinentes a quem o visita, provoca e insere assuntos e variedades. Da minha parte, poderia já ter feito muito mais que apenas comentar, mas não disponho de acervo para tanto. Daí, apenas só contribuir com breves artigos, notas e pitacos. Sugiro que o Blog se mantenha sempre alimentado ou realimentado, como espaço cibernético de encontros de exilados ou ausentes, na certeza de que o melhor espaço é aquele que oferece aconchego de calor humano, mesmo que no umbral sem temperatura definida da internet.

Cabe aqui comentar que as estatísticas apontam para uma certa universalidade: Delmiro Gouveia, como expressão de pesquisa e documentação. Imagino que muitas pessoas aportaram no Blog por estarem procurando pelo “pioneiro” coronel Delmiro Gouveia, e quaisquer movimentações com o uso da expressão está colocada como relevância para pesquisa. Com certeza algumas pessoas se frustaram, outras nem imaginaram que encontrariam um Blog sobre fatos passados na urbe homônima. Uns tantos ao perceberem a existência do espaço de abordagens e comentários, ficaram amigos de Delmiro, o Blog. Eu, por minha vez, posto este artigo no Blog http://www.blogspot.luizoleans1984.com.br/, traduzindo o sentimento de que os amigos se encontram no “Amigos de Delmiro Gouveia” para rir e chorar a saudade da sua terra.

Julho de 2010

(Inverno meridional)

Luiz Orleans

sábado, 17 de julho de 2010

Delmiro Gouveia vista por cima.


Eis uma raridade. Uma imagem aérea da cidade de Delmiro Gouveia em maio de 1994. Para os que gostam de observar os detalhes das mudanças na paisagem urbana é uma boa oportunidade.
A fotografia nos enviada pelo Edmo Cavalcanti que a conseguiu com o seu irmão Valdinho.

Eis o email do Edmo:

César,

Olha, envio uma fotografia aérea de DG(cortesia de Edivaldo Jr. -mano) tirada em maio de 1994 . Se puder exibi-la, peço que coloque o seguinte texto:

Aos colegas delmirenses:

A velha praça
A pracinha
A rua do Cine Pedra
A igrejinha
O açude grande
A rua do A
A rua do B
A rua do C
O Clube Vicente de Menê

Edmo.

E agora leitores será que você é capaz de identificar outros locais que não foram citados pelo nosso colaborador?
Por exemplo, fiquei a observar os detalhes do antigo Mercado Público.
Lembramos mais uma vez para melhor visualização basta clicar em cima da fotografia.

Agora é com vocês.

Foto cortesia de Paulo da Cruz.

Em 22/07/2010.
Complementando o texto e a imagem enviada pelo Edmo, aproveito e resgato esta outra fotografia áerea de Delmiro Gouveia. Sendo que esta é dos anos 20. Mas é possível fazer comparações com a outra. Principalmente na localização dos prédios da antiga Cia Agro Fabril Mercantil.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Clubes delmirenses: Palmeirão.

Havia dois clubes na cidade: O Vicente e o Palmeirão. O tema da postagem é o Palmeirão.

Seu nome oficial é Auto Esporte Cultural Palmeiras, mas todos o chamam “Palmeirão”. Aqui vai uma curiosidade: qual o motivo deste “Auto” em seu nome? Será que em seus primórdios pensou-se num clube com finalidades automobilísticas também? Ou será que “Auto” seria porque ele era (é) mantido apenas pelas contribuições de seus sócios? (ao contrário do Vicentão, onde havia um aporte financeiro por parte da Cia Agro Fabril Mercantil)

Seus bailes ou eventos lá realizados eram aguardados com certa ansiedade pelos jovens delmirenses de então. Qual seria o conjunto que viria tocar? (sim, naquele tempo era conjunto mesmo. Depois que tudo virou banda). Seria algum conjunto de Recife? Salvador? Maceió? Aracaju? Ou seria novamente o já conhecido “Os Dissonantes” de Paulo Afonso (BA) ou até mesmo a Super Oara de Garanhuns(PE)

Por lá também eram realizados outros eventos como o Festival da Canção Delmirense ou Festa dos Brotos.

Das minhas lembranças, recordo-me de um baile que foi organizado pela minha turma (concluintes do GVM/1977) com objetivo de angariar fundos para a festa de formatura no final do ano. Neste baile, quem cantou foi a famosa cantora Ângela Maria (a Sapoti). Quem bancou tal apresentação foi o Chico Doutor (dono da construtora Ental) e que funcionava como uma espécie de “mecenas” local.

Seria interessante que alguém trouxesse algumas informações "históricas" ou mesmos "causos" : ano da fundação do clube? Seus presidentes? O que havia antes naquele local? Qual era o nome do rapaz que andava de bicicleta e ia de casa em casa dos sócios para receber as mensalidades? Alguma festa marcante? O nome do dono do bar que funcionava na parte lateral do clube,ou até mesmo alguma "briga" que tenha rolado...

Trazemos algumas imagens anteriormente postadas e imagens feitas em janeiro de 2010.

Agora é com vocês.


Entrada do Palmeirão em janeiro de 2010
Entrada do Clube Palmeirão em janeiro de 2010
Vista Frontal do Palmeirão em janeiro de 2010.

Da esquerda para direita: Valfrido(o famoso Estrela), Pedro Belarmino do Moxotó, Edmo Garoto,Zé Reginaldo(dono de um conjunto), Absalão, Frank “Retratista”, Inaldo(Neguinho do Picolé), Cirinho de Zé Panta e Pelinha de Caterê.

Carnaval no Palmeirão. Foto em família:Aninha”Josiane Brito”, filha de D.Luiza, irmã de Jane do “Mercado Dois Irmãos”,hoje “Cestão”, Bitonho(sobrinho de Manú Balaga), Josélia, Rosângela. Moacir, Joana D’Arc, Jane, Nivaldo Targino, Jáfia, Toinho, Jailma, Bete, Lindo e Ronaldo.Rony Seixas in concert
Uma turma de amigos bebendo no Palmeirão.
Concurso de Brotos(cortesia Marilene Medeiros)
Marile Medeiros desfilando no Concurso de Brotos.

Foto e legenda de Miriam Ramos: Está é a única foto que possuo do Primeiro Festival da Música em Delmiro Gouveia. Nea defendemos a música do Albericio e esta era a torcida nossa. Aliás, a torcida após o anúncio do primeiríssimo luga! Oh delícia ganhar, NE? rs rs rs.... Veja as pessoas que nela aparecem: Beta Monteiro(atrás de Pompéia), Pompéia, Silvano, Petrúcia, Danúbio(filho de Zé Raul e a namorada(acho que de Maceió), um universitário que veio para o festival, atrás dele a professora Cleide, aparecem minha irmã Mércia, Maria Luisa, Zé Carlos(já falecido) Ulisses...(na época prefeito), etc. Foi bom demais.