quarta-feira, 26 de maio de 2010

Grandes Figuras Delmirenses: Marquinhos(do Posto Aldo)

Ter um blog nos proporciona algo legal: ampliar o círculo de amizades. Boa parte das pessoas que visitam este endereço há bastante tempo eu não as conheço pessoalmente. A outra coisa boa é ser surpreendido pelo cumprimento de alguém ao passarmos por algum lugar é a pessoa te dizer: “ ahh eu conheço você. Você é o César do blog amigos de Delmiro Gouveia” e assim se trava uma nova amizade.

Na recente visita na nossa Macondo sertaneja, aconteceu algo parecido. Numa noite, ao chegarmos num dos quiosques que ficam na avenida principal, tinha um pessoal numa mesa vizinha. E aí um rapaz com toda simpatia e gentileza se aproxima, nos cumprimenta, se apresenta e fala que é leitor do nosso blog. E assim tive a oportunidade de conhecer uma figura bastante popular em DG: Marquinhos. Mais conhecido como Marquinhos do Posto Aldo.

Marquinhos é daquelas pessoas com um bom papo, inteligente, conversa agradável, fluida, bem-humorada e um profundo conhecedor das coisas delmirenses. Tanto da historia do pioneiro Delmiro Gouveia, quanto os fatos pitorescos da terrinha e de sua gente. E exerce as funções de Secretário Municipal de Turismo e Meio Ambiente.

Falou-nos também do seu trabalho, com boa parte já escrita, e da coleta de material para um futuro livro sobre as figuras delmirenses. E que de vez em quando consultava o nosso blog, que servia de fonte de referências para algumas coisas.

E foi graças a esta nova amizade, que pude conhecer um local que nos doze anos em que morei em DG, nunca tinha tido a oportunidade: A Usina e o Parque de Angiquinho. Ele ligou para pousada onde estávamos hospedados, marcamos e ele daí em diante foi o mais perfeito cicerone que alguém possa desejar.

O melhor é que ao longo do caminho enquanto ele dirigia ia fornecendo um monte de dados e números sobre as novidades que acontecem no sertão. E assim ao passarmos pelas instalações do campi da UFAL em DG, nos falou sobre a disputa acirrada que houve entre as cidades circunvizinhas para ficarem os cursos. E como DG ganhou por oferecer melhores condições. Ao passarmos pelas obras do Canal do Sertão nos forneceu um monte de dados tais como: vazão, pressão, extensão do canal, população beneficiada e projetos futuros para suas margens. Falou-nos também dos projetos turísticos que estão em andamento para a marina do Talhado.

E assim foi até chegarmos em Angiquinho. E lá nos mostrou exatamente tudo. Desde o local das quedas d’água até o museu e lojas de artesanato, maquinários antigos, antiga linha férrea. E, além disto, tivemos uma verdadeira aula de botânica com ele nos falando e mostrando cada espécie vegetal da caatinga e dizendo sobre seu uso, entre outras coisas, como remédio.

Enfim foi uma manhã bastante agradável e proveitosa. Ao voltarmos ainda nos levou na casa de sua avó (casa de esquina na Vila Operária) e ainda nos foi mostrar o famoso pé de tâmaras que já foi objeto de postagem neste blog.

Fica aqui meu abraço e agradecimentos a esta grande figura delmirense: Marquinhos. E recomendando que em visita na cidade, em se tendo oportunidade, o procure.

E aí vocês já tiveram oportunidade de fazer uma nova amizade com alguém de Delmiro? Deixa aqui seu recado.

Agora é com vocês.

Rua 15 de Novembro: onde mora a avó de Marquinhos.
Casa da Vó de Marquinhos.
Ricarti, César, Marquinhos, Carioca(cunhado de Marquinhos) e Edson Borracha no Candeeiro Bar.
Graça Padilha, Fatinha, Marquinhos e Borracha.
Visitando Angiquinho
Aula de Botânica

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Craques Delmirenses: Renato Martins(Pelezinho)


Em postagens anteriores no tema COHAB Velha, falávamos no campinho de pelada que havia na última rua e que dava vista para o cemitério.

Próximo a COHAB havia umas casas, onde passou a residir uma família bastante numerosa, e que, se não me falha a memória, era proveniente do povoado da Cruz. E fazia parte desta família, um garoto franzino e um tanto tímido. Este garoto costumava ficar sentado no meio fio junto com seus irmãos assistindo as peladas que rolavam no campinho.

Entre os peladeiros(alguns até são leitores do blog) consigo lembrar de alguns nomes: Genilson. Danilo, Paulinho e Bráulio(todos filhos do seu Vírgilio), Gilmar Cabeção, Ailton de Mazé, Juarez(irmão do Gilmar), Neguinho de Maria Bahiana, Zé de Maninha(goleiro), Betinho de Zé Alves, João Batista da rua do ABC, Ailton de Mané Pedrão, Marco(meu irmão), Edinho neto de Antonia Cebola e Valmir filho do seu Valdemar entre tantos outros meninos.

Num belo dia, faltou alguém para completar o time. E aí alguém olhando para os calados meninos da Cruz, perguntou para o mais velho deles e com o porte físico maior se não queria entrar para completar o time. E ele respondeu que quem jogava bola era o irmão mais novo: Renato. Então o Renato foi olhado com uma certa estranheza. Mas deixaram o menino franzino entrar no jogo e aí...

Bem o Renato entrou e deu um show. Driblava com categoria, corria e marcava gols. E tudo isto jogando entre meninos com idade superior a sua. Não demorou para ser apelidado de Pelezinho.

Anos depois, eu já morando em Recife, e voltando para uma rápida visita em Delmiro Gouveia, fui informado pelo meu amigo Cado(que acho que ainda reside em DG pelas bandas do Palmeirão) que aquele menino agora jogava no Fluminense Carioca, e que tinha ganho um título no Japão.

A historia acima é para subsidiar o email e imagem enviados pelo Leo(sobrinho do Abrahão). E aproveito e insiro uma imagem do Fluminense de 1987, e onde aparece um Renato Martins. Seria o nosso Pelezinho?

Cópia do email enviado pelo Leo.

César,

Segue em anexo uma foto para ser colocada no blog, estava lendo em alguns comentários sobre um jogador de futebol, chamado Renato Martins, famoso por ter sido reserva do Branco Tetracampeão Mundial, chegou a jogar aqui em Salvador no Vitória, ele está na foto em anexo com o meu Tio Mauro Pastor, falecido, bastante conhecido na cidade de Delmiro Gouveia, achei interessante mandar essa foto, Depois mando mais..

Leo


E aí alguém ainda lembra do Renato? Será que daquele campo de peladas ou outros campinhos delmirenses despontaram outros craques? Na falta de craques não custa nada alguém puxar pela memória e tentar lembrar de outros peladeiros além dos que foram elencados aqui.

Agora é com vocês.



Botafogo 1990.
Renato Martins é o primeiro em pé(da direita para esquerda)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Pichações

Trazemos um texto do primeiro blog. Relembramos mais uma vez, que este processo de resgate é motivado pelo bug que deu no provedor da Globo, e conseqüente sumiço dos comentários. Isto que levou-nos a criar outro endereço na net, para que possamos além dos textos e imagens novas, fazer aos poucos a migração dos antigos arquivos. Não seguimos nenhum critério, muito menos de ordem cronológica. Lembramos que a essência e a razão de existência de um blog são os comentários dos leitores.

E por que este texto foi trazido à baila? Porque ao final dele eu fazia,então, uma pergunta. E para esta pergunta eu tive a resposta no dia 05 de janeiro de 2010, por volta das 20 horas, numa pizzaria na nossa Macondo Sertaneja.

Vamos primeiro ao texto e ao final a resposta registrada numa fotografia.



PICHAÇÕES.
Texto originalmente postado em 12 de abril de 2005.

OPERÁRIO VOCÊ É EXPLORADO.

LEIA O MANIFESTO DE 1848.

LUA MORTA
RUA TORTA
TUA PORTA.

Quem lembra destas frases aí acima? Estas foram as primeiras pichações que vi em Delmiro Gouveia. Antes disto só havia pichações com slogans, número ou nome de candidatos em eleições. Uma chatice só.

Mas estas não. Eram diferentes. A primeira "Operário você é explorado" foi pichada no muro da fábrica, no lado que dá para a praça. Hoje não há mais o muro. E sim uma grade.
As outras frases apareceram nas paredes da igreja e outros muros.

Era tempos bicudos. Acho que isto foi por volta de 1978. Ainda havia a Lei de Censura à Imprensa, a Lei de Segurança Nacional e a anistia política ainda não tinha sido realizada. O General-Presidente era o Geisel. Bem naqueles tempos o regime já dava seus primeiros sinais de fraqueza. E isto era traduzido com um eufemismo: Abertura lenta, gradual e segura preconizava o pastor alemão.

Eu achei o maior barato quando vi as pichações. Achava um ato de rebeldia interessante. E acho que no fundo eu também tinha vontade de fazer aquilo. Mas nunca fiz. Era algo muito desafiador e contestador.

Hoje vejo muitos rabiscos sem sentido nas paredes recifenses. Geralmente é a maneira que as galeras encontram para delimitar seus territórios. Acho uma grande bobagem. Mas é a forma de expressão que eles encontram para suas insatisfações ou anseios. Bem análise social não é a função deste blog. Para isto existem fóruns mais adequados e qualificados.

Voltando para o microcosmo delmirense. Ficou o maior zum-zum na cidade para descobrir quem tinha feito tal ato. A direção da fábrica providenciou logo a limpeza das que havia em seu muro.

Passado pouco tempo todo mundo sabia quem era o autor. Mas todos guardavam segredo. E falavam a boca pequena. Enfim um segredo de polichinelo. O autor era o Gilmar Cabeção. Ele era irmão do Juarez e filho do João Vieira. Seu pai era um dos poucos caminhoneiros que havia naqueles tempos. E era um pai tão rigoroso que não deixava os seus filhos usarem nem bermudas e nem sandálias havaianas. Ele dizia que isto era coisa de cabra-safado. Obviamente que quando o pai estava nas longas viagens pelos lados de São Paulo, que o Gilmar não respeitava estas regras.

O Gilmar tinha ido morar em Vitória no Espírito Santo, e estudar Economia. E até então quando morava em DG, era um sujeito um pouco tímido. Mas após voltar nas férias o camarada voltou aloprado. Aprontou um bocado. No fundo gente boa. Conversa inteligente. Enfim um gozador.

Não o vejo há uns 25 anos ou mais. Um quarto de século. Mas guardo boas lembranças dele.

Por anda o Gilmar Cabeção? Você tem notícias dele? O que mais você lembra do Cabeção? Ainda recordava destas pichações? E na sua cidade qual foi a primeira pichação interessante que você viu? Apareceram outras pichações criativas em DG. Quais? Deixe aqui o seu recado. Participe.
Eis o Gilmar o famoso "Cabeção".Reencontro após 32 anos. Hoje, o Gilmar é um pacato contador,pai de suas filhas e reside em Vitória do Espírito Santo

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Cohab Velha II


Virando as baterias agora para outro lado da cidade.: COHAB Velha.Esta região da Macondo Sertaneja já foi falada por aqui. Tanto é que coloco o texto original e que foi postado há menos de um ano.

Trazendo apenas como “novidades” fotografias do local e seu entorno, feitas em janeiro de 2010, e aí o leitor, caso queira, poderá fazer suas comparações. Particularmente, deu certo trabalho encontrar casas que ainda mantivessem alguma semelhança com sua arquitetura original.

COHAB Velha
Texto originalmente postado neste blog em 16 de junho de 2009.

Uma fotografia obtida no álbum do Orkut do Cláudio Cardoso de Melo, meu colega de GVM e também dos tempos que trabalhei na Divisão de Confecções da Agro Fabril Mercantil.

A imagem é de um grupo de amigos, talvez num domingo à tarde, num convescote bebericando e petiscando algumas coisas.

O que chama atenção, para mim, nesta fotografia, são as casas da primeira COHAB de Delmiro Gouveia, ainda num estágio em que não haviam sido substancialmente modificadas. No inicio todas eram branquinhas, com uma pequena varanda na parte da frente, sala, cozinha, dois quartos e um banheiro social, e também todas tinham um pequeno quintal ladeado por uma cerca simples de madeira.

Esta COHAB foi construída nos de 1969/70. E da época de sua construção lembro-me dos altos montes de areia, que enquanto construíam, a molecada aproveitava para brincar deslizando-os por cima deles. Assim como também era bastante divertido brincar de esconde-esconde ou cowboy. Quando falo em molecada, eram os meninos que moravam ali pelos lados da Rua da Matriz (meu caso) e das ruas adjacentes: Correios e Palmeirinha. O Ailton Moreira, que de vez em quando comenta aqui no blog, era um deles. Não sei se ele se lembra disto.

Voltando à fotografia. Creio que se trata da última Rua da COHAB. Pois o grupo de pessoas aparece sentado ao fundo das casas e ao longe se vê também parte das simples residências que formavam a rua que leva até o cemitério novo. Não reconheço todas as pessoas que aparecem. Mas alguns eu consegui identificar:

O segundo casal sentado à esquerda é o Cláudio e a Socorro e no lado direito temos o Bira (que está segurando um copo) e logo atrás (de roupa branca) sua esposa Elza. O Bira também foi meu colega na primeira seção que trabalhei na fábrica: a Expedição da Camisaria. Eu o conheço desde maio de 1976. E acho que não o vejo desde 1981. Creio que ainda resida na nossa Macondo.

Deixo agora com vocês algumas perguntas:

Quais suas lembranças da antiga COHAB? Consegue identificar as demais pessoas que aparecem nesta imagem? Quantas casas foram construídas inicialmente? Lembra de algumas pessoas que moraram por lá? Quem eram estas pessoas? O que havia exatamente no centro da COHAB? E neste grupo de pessoas aí que estavam comemorando?

No entorno da Cohab: Rua lateral: casa do seu João Vieira, um dos primeiros caminhoneiro da cidade, e pai do Gilmar "Cabeção" e do Juarez.
Primeira rua da Cohab
Vista Lateral da Cohab. Onde hoje é esta praça ficava o antigo marco/monumento, denominado de "tartaruga" pela molecada da vizinhança.
a mesma praça vista um pouco mais ao longe.
Casa na última rua da Cohab. Uma das poucas a manter características originais.(foto feita à noite)
Também na última rua. Outra casa ainda com ares de original
Outra casa. A casa ao lado totalmente reformada é do nosso amigo Edson "Borracha".
Vista parcial tomada da última rua da Cohab. As casas que aparecem ao fundo são da rua que dá acesso ao cemitério Novo. (observação: notaram que há cabras pela cidade inteira?)
Rua que dá acesso ao cemitério. Numa das primeiras casa desta rua morava o "Américo Carvoeiro", um "louco manso e culto(diziam)"
Vista da última rua da Cohab Velha. Neste terreno em frente tinha um campinho de futebol, onde foi revelado o Cláudio"Pelezinho para muitos. Anos depois ele chegou a jogar no Fluminense do RJ.
Praça Padre Cícero, ao lado da Cohab.
Rua Central da Cohab. Nesta ficava o antigo Centro Social Urbano. Morava nela: Carlinhos de Nêga e as irmãs Brandão Alda e Tita. Todos nossos colegas no Ginásio Vicente de Menezes.
Rua Central novamente.

Vista parcial da última rua.

terça-feira, 4 de maio de 2010

A cidade de Delmiro Gouveia vista por Ademir Lana.

Sempre é interessante um novo olhar sobre velhos temas. Pode passar alguma nuance despercebida e aí surgem comentários. Nestas imagens, por exemplo, veio algo novo: a placa com os caminhos percorridos pelo Imperador Pedro II. Talvez nossos leitores possam falar mais sobre este acontecimento. Mas nada impede também se comentar sobre as outras imagens, principalmente comparando modificações sofridas ao longo do tempo.

Hoje temos a colaboração do Ademir Lana que nos enviou o seguinte email:

César,

Também estive em Delmiro no fim do ano passado e tirei algumas fotos. Espero que você consiga aproveitá-las nesse maravilhoso blog.

Ademir Lana.


Agora é com vocês.