sábado, 23 de janeiro de 2010

Grandes Figuras Delmirenses: Vilela - Um Artista do Couro.

Vilela é uma figura popular e estabelecido na Macondo Sertaneja há bastante tempo. Não sei muito sobre sua vida pessoal. Mas o conheço de vista desde quando eu era criança e morava na Rua Augusta, e ele tinha o seu atelier bastante próximo. Ficava no beco que dava para trás da casa do seu Antonio Grande.(dono de um curtume e pai dos gigantes Dêda, Nino e Zedequias)

Vilela tinha então uma barba imensa. E sempre que passávamos correndo a brincar pelo beco, era possível vê-lo junto com um ajudante a produzirem chapéus de couro. Tanto que era chamado de Vilela do Chapéu de Couro. Mas sua produção ia, além disto: selas, sandálias, sapatos e botinas. Por vezes ficávamos na porta e espiar eles trabalhando com afinco: aparando arestas, costurando, dando acabamento. Eu sempre olhei com certa admiração este tipo de trabalho artesanal.

Agora em janeiro de 2010, em visita a cidade, eu estava na loja de presentes do meu amigo Edson Borracha (loja chamada carinhosamente por alguns de “Pequeno Paraguai em DG), quando reparei que havia uma oficina/atelier ao lado da loja. E perguntei ao Edson se ele se lembrava do Vilela que também trabalhava com isto. Ele respondeu: César é o Vilela!

Enfim. Fui até lá. Papeamos um pouco. Ele não se lembrava de mim de forma alguma. Afinal as lembranças que eu tinha eram de muitos anos atrás quando eu ainda era o que se chama de um “menino buchudo” e ele um adulto. Para criança sempre é mais fácil lembrar. Mas isto não foi empecilho para entabularmos um rápido papo. Ele foi bastante gentil, afável, explicitou seu trabalho muito bem e por e deixou-se fotografar junto com sua arte. E ainda rimos um bocado quando me lembrou do nome que dávamos as rústicas sandálias de couro: Xô Boi.

O Vilela não conserva mais sua imensa e famosa barba. No entanto a qualidade do seu trabalho permanece.

Recomendo ao turista ou antigo morador que quando na cidade arrume um tempinho e visite este artista delmirense. Seu atelier atualmente fica na rua por trás do antigo Cine Real. Ali bem pertinho do antigo cartório. Não tem como errar.

Vamos às imagens. E agora é com vocês.

O artista do Couro: Vilela e César.
Área de vendas do atelier: produtos em exposição. Destaque para os famosos chapéus
Área de vendas do atelier: produtos em exposição.
Instrumentos de trabalho: molde para chapéu.
Instrumentos de trabalho e produtos em processo de fabricação.
As famosas sandálias "Xô Boi ! "


PS: O legal num blog é sua interatividade. Após o texto postado surgem comentários. E comenta-se daqui....comenta-se dali e assim um assunto vai puxando outro e as lembranças vão aparecendo. E eis que após três dias da postagem original, vamos inserir imagens enviadas pelo Eduardo Menezes e que corroboram seu depoimento. Ou seja: o cabra mata a cobra é mostra a sandália.
Piranhas/junho 1976: Elias. Eduardo e Ricardo Menezes.
Piranhas junho/1976: O clã dos Menezes: Eduardo, Zito e Ricardo.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Tâmaras em Delmiro Gouveia.

Hoje trazemos à baila um fato curioso ouvido nesta viagem recente a nossa Macondo Sertaneja. A historia nos foi contada pelo Marquinhos do Posto Aldo(atual secretário municipal de Meio Ambiente). O Marquinhos é uma pessoa bastante simpática, afável e disponibilizou parte do seu tempo conosco numa visita ao Parque Histórico da Usina de Angiquinho.

E durante o trajeto até Angiquinho ele nos contou sobre uns pés de tâmara que haviam sido plantados na Vila Operária. Tais tamareiras foram trazidas pelo pioneiro Delmiro Gouveia de quando numa viagem ao Egito.

Em sua narrativa o Marcos nos contava que elas foram plantadas nos quintais das casas de esquina da Vila Operária. As casas de esquina eram ocupadas preferencialmente por quem exercia cargo de chefia na fábrica da Pedra. E que quando criança na casa de sua avó ele comia tâmaras Estivemos visitando a casa de sua avó (uma senhora já quase nonagenária, bastante lúcida e super simpática) que mora na Rua José de Alencar, e ela corroborou a historia. No quintal de sua casa não havia mais a tamareira. Ela tinha sido infestada por cupins e foi derrubada e até mesmo os resquícios de tronco haviam sido retirados.

Fomos então até a outra esquina e no quintal desta casa havia sim uma árvore. Como a residência estava fechada, fiz duas fotografias de longe. Uma delas com uso do zoom.

Ele também nos contou que teve uma conversa com um professor da Universidade de Tel Aviv, que esteve visitando Delmiro. E o tal professor tinha ficado surpreso com o fato. Pois as tamareiras levam em média trinta anos para apresentarem frutos.

Eu não entendo absolutamente nada do assunto. Mas acho que o tema é interessante para os pesquisadores e curiosos sobre os fatos da terrinha. Seria interessante ouvir os relatos entre outros do David, Paurílio, Abrahão, Eduardo Menezes Paulo da Cruz, Eraldo, Danúbio, André...

Para mais esclarecimentos sobre o assunto sugiro uma pesquisa na net nos sites do Wikipédia ou no tâmaras.com.br, pois, por lá encontrei dados divergentes sobre a chegada das primeiras tamareiras ao país.
Quem estaria certo então?

Agora é com vocês.



domingo, 10 de janeiro de 2010

Amigos de Delmiro Gouveia: Encontro em Janeiro de 2010

Após cinco anos sem ir até a Macondo Sertaneja, eis que dei o ar da minha graça agora no final de dezembro e primeiros dias de janeiro. Passei sete dias por lá. E em se sabendo que estava na cidade, não é que os antigos colegas de turma do GVM resolveram promover um encontro que não estava programado dos AMIGOS DE DELMIRO GOUVEIA!

Mesmo após trinta e três anos de conclusão do curso ginasial, ainda é possível reunir parte da turma. Obviamente é bastante difícil reunir todos. Este foi o terceiro dos encontros que participei. Estive presente pela primeira vez em outubro de 1997(encontrodos 20 anos) e depois em junho de 2002(encontro dos 25 anos). Mas sempre que podem os que ainda residem na cidade ou que passam férias ou feriados por lá, encontram-se com maior freqüência.

As fotos das reuniões passadas podem ser encontradas no endereço www.amigosdedelmirogouveia.hpg.com.br , que foi o primeiro site da série e que deu origem aos blogs posteriores até chegar nesta versão atual.

Vamos espiar as fotos.
Calçada do Candeeiro Bar(janeiro/2010)

Papeando com o Márcio
Ni(seu irmão Nel não pode comparecer)César e Márcio
Edson Borracha, César, Tânia, Márcia e Patricia que havia chegado de Maceió há poucos instantes atrás e veio quase que direto para a festinha.
Cida,Rita, Graça,Tânia,César e Fatinha fizeram um brinde e cobriram o rosto de alguém!
Lalide apareceu!
César, Fatinha(nossa grande atriz e que ainda lembrava na íntegra suas falas na peça: Nêga Maluca) e o Cleiton
E o pessoal chegando e se abancando:Ritinha,Graça Padilha,Lalide,Borracha,Cleiton,Ricarti, Zezinho,Tânia e César
Cleiton dando um caloroso abraço no Marcio.
César entre Márcia e sua mãe D. Lacir(que foi nossa professora nos tempos de GVM)
Tânia(minha prima) com a guarda de honra feita pelos meninos: Edson "Borracha", seu irmão Ricarti, César, Zezinho e Cleiton.
Prazer imenso reencontrar os irmãos Márcia e Márcio. Márcia eu não tinha contato desde 1982 e Márcio desde 1977! O Márcio é uma destacada liderança sindical dos bancários em Alagoas e no nordeste.
Lalide anotando tudo no caderninho
Meus primos queridos: Tânia e Ricarti
Zé Pereira(Zezinho), Fatinha. Lalide,Graça Padilha, Neto(de Clênio),Ni(de Rosalvo Souza) e Cida (de George)
Rita, Fatinha, Cida,Graça, Márcio, Ricarti e Zezinho.

Entre Márcia Anjos e Patrícia Pedrão
Clube da Luluzinha: Lalide, Cida e Tânia.
Patricia chegando e causando o maior rebuliço
Entre Cida Lisboa e Tânia Mafra