terça-feira, 16 de junho de 2009

Delmiro Gouveia: COHAB VELHA.

Uma fotografia obtida no álbum do Orkut do Cláudio Cardoso de Melo, meu colega de GVM e também dos tempos que trabalhei na Divisão de Confecções da Agro Fabril Mercantil.

A imagem é de um grupo de amigos, talvez num domingo à tarde, num convescote bebericando e petiscando algumas coisas.

O que chama atenção, para mim, nesta fotografia, são as casas da primeira COHAB de Delmiro Gouveia, ainda num estágio em que não haviam sido substancialmente modificadas. No inicio todas eram branquinhas, com uma pequena varanda na parte da frente, sala, cozinha, dois quartos e um banheiro social, e também todas tinham um pequeno quintal ladeado por uma cerca simples de madeira.

Esta COHAB foi construída nos de 1969/70. E da época de sua construção lembro-me dos altos montes de areia, que enquanto construíam, a molecada aproveitava para brincar deslizando-os por cima deles. Assim como também era bastante divertido brincar de esconde-esconde ou cowboy. Quando falo em molecada, eram os meninos que moravam ali pelos lados da Rua da Matriz (meu caso) e das ruas adjacentes: Correios e Palmeirinha. O Ailton Moreira, que de vez em quando comenta aqui no blog, era um deles. Não sei se ele se lembra disto.

Voltando à fotografia. Creio que se trata da última Rua da COHAB. Pois o grupo de pessoas aparece sentado ao fundo das casas e ao longe se vê também parte das simples residências que formavam a rua que leva até o cemitério novo. Não reconheço todas as pessoas que aparecem. Mas alguns eu consegui identificar:

O segundo casal sentado à esquerda é o Cláudio e a Socorro e no lado direito temos o Bira (que está segurando um copo) e logo atrás (de roupa branca) sua esposa Elza. O Bira também foi meu colega na primeira seção que trabalhei na fábrica: a Expedição da Camisaria. Eu o conheço desde maio de 1976. E acho que não o vejo desde 1981. Creio que ainda resida na nossa Macondo.

Deixo agora com vocês algumas perguntas:

Quais suas lembranças da antiga COHAB? Consegue identificar as demais pessoas que aparecem nesta imagem? Quantas casas foram construídas inicialmente? Lembra de algumas pessoas que moraram por lá? Quem eram estas pessoas? O que havia exatamente no centro da COHAB? E neste grupo de pessoas aí que estavam comemorando?


sexta-feira, 12 de junho de 2009

Delmiro Gouveia; Antigos Desfiles de 7 de Setembro(1976?)

Nas versões anteriores do blog uma vez ou outra aparece aquelas fotografias que quase todos guardam nas gavetas: Desfiles de 7 de setembro.

E que atire a primeira pedra que não as tiver. E hoje o nosso colaborador Rosival Souza nos envia algumas das suas.

Talvez o ano de desfile seja também 1976. E era um dia chuvoso. Lembro-me que no último ano que desfilei foi justamente em 76. Ainda fazia a sétima série à noite no GVM. E o feriado caiu num domingo. E neste bendito dia choveu horrores. Subir a Rua do ABC com roupas ensopadas e sapatos encharcados foi lasca. E mais lasca ainda era que eu trabalhava o dia inteiro na fábrica e tinha a obrigação de desfilar. É isto mesmo: obrigatório. Não era opção coisa nenhuma. E se o cabra não fizesse e no dia seguinte não apresentasse justificativa era chamado na secretaria pela Valdinha ou Ieda(falecida) e o Dr. Watson ou Seu Monteiro aplicavam a suspensão de três dias úteis. Assim como também era obrigatório na primeira semana de setembro, comparecer todos os dias pela manhã no pátio do Ginásio para cantar o hino e hastear a bandeira. Eram anos de “Brasil Grande” e ufanista imposto pelos tacões das botas dos militares.

Mas na realidade não sabíamos de nada do que rolava nos porões do regime. No fundo tínhamos até certo orgulho besta de desfilarmos de roupa de gala completa: camisa branca de mangas compridas, calça azul-marinho, gravata também azul-marinho, sapatos pretos e com um par de luvas brancas dependuradas na cintura.

E aí quais as suas lembranças destes dias do passado? E será que alguém conseguirá identificar algumas das pessoas que aparecem nas imagens? (basta clicar em cima para ampliar o tamanho)

Agora é com vocês.




quarta-feira, 3 de junho de 2009

Um dia de muita chuva em Delmiro Gouveia(anos 70)

Nos últimos dias tem sido de intensas chuvas na região nordeste como um todo. É um fenômeno meteorológico um tanto raro. Mas vez por outra isto acontece. Nos meus tempos na Macondo Sertaneja era mais comum passar anos com pouquíssima precipitação pluviométrica. Lembro-me claramente que em 1970, meu primo Rubinho me levou até a Pedra Velha, sentado no bagageiro da bicicleta e isto por dentro do Açude Grande que estava totalmente ressequido. No Açude Pequeno, ainda, havia água. Pouca, mas havia.

Em contrapartida, apenas uma vez, nos meus doze anos que morei em DG(junho de 69 até fev/81), vi chuvas com forte intensidade ao ponto de fazer os açudes “sangrarem” e “esborrarem” para os lados. E as lembranças deste dia, do qual não sei precisar o ano, são agora trazidas à tona pelas imagens enviadas pelo Rosival. Souza. Talvez, também, seja de 1976. Os leitores podem divergir e apontarem outra.

Lembro do Bar de Maninha isolado pelas águas. Lembro da pequena ponte que havia após a padaria de Antonio Ioiô ser coberta totalmente pela inundação. Lembro do pequeno barraco misto de residência/oficina se desconjuntando todo com a força da correnteza e os gritos de ôôôô do povo vendo aqui. E lembro-me da minha Tia Tonha que ainda mora na D.Pedro II, assustada com o seu quintal cheio de água. O campinho de futebol que havia entre a estação de trem e a parte posterior da referida rua também ficaram totalmente cobertos por aquele mundaréu d água que sobrevinha dos laterais do Açude Pequeno, e que um pouco antes haviam derrubado uma parte do muro da fábrica.

Será que os leitores espiando as imagens que nos chegam após uns trinta e tantos anos conseguem lembrar-se de algum outro fato deste dia?

Vamos às imagens, lembrando que para melhor visualição basta clicar em cima das mesmas.

Agora é com vocês.